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6 competências para ser um facilitador ou facilitadora - Parte 2

Atualizado: 14 de jan. de 2022

Falamos no último artigo sobre as três primeiras competências para a pessoa facilitadora e agora vamos para as três últimas. Se você não leu o primeiro artigo então clique aqui, leia e depois volte para esse.


Mas para relembrar, as três competências que já falamos foram: orientação aos objetivos, estimular e impactar e a serviço do grupo. Nesse artigo, vamos falar das outras três que são tão importantes quanto para a atividade da facilitação.


Para começar, a quarta competência é aberta ao controverso. A pessoa que quer ser facilitadora não pode ter preconceitos ou dificuldade em lidar com aquilo que é controverso. Mas por quê? Porque as pessoas são naturalmente controversas e cada uma tem uma perspectiva.





Imagine que você tem um problema em um centro e existe uma pessoa fora dele que está olhando para o problema. De pouco em pouco mais pessoas vão aparecendo fora do centro e ao seu redor para olhar para o problema. Cada uma dessas pessoas vai ter a sua perspectiva diferente porque olha para o centro de uma posição diferente.


Então cada pessoa possui a sua perspectiva a respeito do que está sendo discutido e bem possivelmente, essa perspectiva vai ser controversa ao de outra pessoa em outra posição. Mas o que queremos dizer com isso? Pense quantas vezes nós temos controversas em reunião de trabalho do RH com o financeiro? Do marketing com comercial? Vendas com logística?


Por que isso acontece? Mesmo que todo mundo esteja resolvendo o mesmo problema, cada um está resolvendo a partir da sua perspectiva e, consequentemente, do que acha mais importante.


Você no papel da facilitação precisa estar aberto ou aberta para olhar para essas perspectivas e considerar todas as válidas que dizem respeito ao mesmo problema. Procurando a partir da soma dessas perspectivas é que você consegue direcionar o seu grupo ao objetivo que ele procura.


Não é tomar partido. Não é falar que alguém está completamente certo ou errado. É procurar uma síntese das perspectivas e que me leva a alcançar o meu objetivo de grupo.


Essa é a quarta competência. É super difícil você está sempre aberto ao controverso, mas extremamente necessário e também treinável.


A quinta competência é a comunicação clara. O facilitador ou facilitadora não pode ter a lógica de querer ser guru. De ser a inspiração ou de ser extremamente conceitual. A facilitação facilita fazer alguma coisa e para ser bem feito precisa ser prático.


Então para ser prático e efetivo é necessário ter uma comunicação clara. Precisa de um vocabulário que esteja adequado para as pessoas que estão ouvindo naquele momento. Precisa usar um canal de comunicação que seja adequado para a natureza daquela comunicação. Se uma informação importante, não é aconselhável você usar o whatsapp. Se existe uma notícia difícil, é importante telefonar ou falar pessoalmente.


Uma comunicação clara fala bastante de forma e também bastante de canal. Não é porque você tem hoje 1500 pessoas no seu whatsapp que ele vai ser o melhor canal de comunicação para qualquer mensagem que você queira passar. Então uma comunicação clara é uma grande competência e necessidade que os facilitadores precisam.


Por fim, a sexta e última competência é o improviso calculado. E o que é isso? Pense que quando você está se propondo a facilitar um processo, você precisa minimamente planejar aquele momento.


Por exemplo, o caso de um treinamento dentro da sua empresa. Digamos que seja um treinamento de atendimento ao cliente e você é uma pessoa que trabalha com isso a anos dentro da empresa então você tem tudo para planejar uma jornada que seja livre de furo. Mas as pessoas são seres complexos e elas vão achar o furo. E nessa hora você precisa estar preparado para improvisar de maneira calculada.


O que queremos dizer quando falamos de maneira calculada? Você vai sim improvisar no sentido de sair do que foi planejado, mas você não vai abrir mão de servir o objetivo do grupo e sempre relembrá-lo. Existem várias formas de aprender a mesma coisa.


Continuando no nosso exemplo do treinamento para atendimento. Você pode aprender o atendimento ao cliente dentro da sua empresa em uma sala de aula com um atendente, mas você também pode aprender estando ao lado do atendente enquanto ele trabalha. Ou mesmo sendo um atendente executando na prática.


Então existem várias formas. E quando estamos falando do improviso calculado é você saber improvisar para sair do seu planejamento, mas não sair do objetivo do grupo.


E essas foram as 6 competências. Se vocês forem capazes de colocar no dia a dia de vocês o treino para as competências, não teremos dúvidas de que você será um grande facilitador ou facilitadora.


Nos vemos no próximo artigo.

Fula - sócio fundador da Akasha

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